Sexta-feira é sinônimo de descanso, fim de semana e Ainda Sem Nome.

Esse episódio nasceu de uma história interessante. Durante a semana, o Caio foi abordado por uma aluna dizendo que a gente precisava fazer um episódio sobre as discussões acerca de assédio, estupro, feminismo que estão rolando nas redes sociais. “Claro que precisamos, mas não podemos fazer isso sem uma mulher”, argumentou o Caio. “Eu arrumo uma fonte para você”. Algumas ligações depois, a fonte veio. Natália Menhem, que está nos mesmos grupos de discussão desta aluna e é, no caso, minha irmã. Tremenda coincidência! 🙂

E de fato, não podíamos fazer um episódio sobre este assunto sem ouvir as mulheres, não faria o menor sentido. E foi bem bacana! Com base no amplamente divulgado caso do estupro coletivo, falamos sobre as movimentações e discussões nas redes sociais e como elas são necessárias para acabar com a cultura do estupro.

Alguns links que foram citados ao longo do episódio:

http://revistacult.uol.com.br/home/2016/06/estupro-em-potencial-para-pensar-a-cultura-do-estupro/
http://www.telegraph.co.uk/film/star-wars-the-force-awakens/passes-bechdel-test-leia-rey/
https://www.youtube.com/watch?v=Bv6vdOcehgc
https://www.facebook.com/sigapartida/?fref=ts

Agradecemos os comentaristas da edição 92: Camponez e Lucas Valadares.
Além disso, estamos com um supergrupo no Telegram, que está discutindo pautas e os assuntos das edições. Um abraço para todos: Ana Luiza, Volney, Daniel, Narcelio, Daniel Burle, Luiz Otavio, Rafael Andrade e Denis Dias.
Falando em Telegram, se preferir, mande seu comentário em áudio através do telefone (31) 99975-0835.

Escute, comente e compartilhe!

Leave a Reply

5 comments on “Ainda Sem Nome #93 – Precisamos falar sobre o estupro (hoje e sempre)

  1. – BH é um ovo e só tem 3 pessoas: Eu, você e alguém que a gente conhece. Esse caso do Caio é mais um que confirma isso.

  2. Muito bom!!! Levem outros convidadas e convidados!

    Links das páginas do FB:
    https://www.facebook.com/sigapartida/?fref=ts

    https://www.facebook.com/vigiliafeminista/?fref=ts

  3. Daniella Alvarenga Jun 6, 2016

    Adorei o debate! Parabéns Caio e Felipe pela abordagem do tema e pela sensibilidade em convidar uma mulher para participar, e parabéns pela Natália com sua grande e muito bem articulada contribuição. A cada dia, vendo tudo o que está acontecendo ao redor, me sinto mais parte do movimento feminista, embora ainda me sinta limitada em algumas questões. O mais importante é não parar de questionar a posição e julgamento da mulher na nossa cultura machista, e seguir tentando me libertar. Estou caminhando..
    Durante o podcast me lembrei muito daquele caso do Premio Nobel britânico, Tim Hunt, e sua declaração machista a respeito de mulheres em laboratórios. Além de ter dado uma declaração ~polêmica~ na qual diz que as mulheres deveriam ficar longe da ciência e que elas os atrapalham, uma vez que ou elas se apaixonavam por eles ou eles se apaixonavam por elas. E disse que críticas eram seguidas por choro da ala feminina. Ele se desculpou, disse que foi irônico e que não entenderam, mas fato é que foi ‘convidado’ a se aposentar dos dois cargos que ocupava. O nome dele sempre vem à tona em discussões, a maioria lamentando os comentários e suas consequências ao trabalho científico brilhante.
    Já me vi algumas vezes tentando entender o pesquisador e compreender que sua geração fosse outra; mas me vejo mais solidária e na causa das mulheres, me revoltando em nome de tantas amigas brilhantes que tenho, inclusive nessa profissão, e que fazem um trabalho impecável.
    É importante o exercício da empatia, mas as consequências por atitudes e discursos que geram tanta violência devem existir.

    Já vou ouvir o terceiro podcast na sequência, mas queria deixar aqui um abraço e minha admiração pela iniciativa do debate.

  4. Everaldo Vilela Jun 24, 2016

    Em meio a dezenas de depoimentos que li nesse período a respeito o que mais chamou minha atenção foi um em que a garota disse que nós homens não temos noção do que é andar na rua e perceber que tem alguém atrás. Acelerar o passo e a pessoa também acelerar. Quando resolve olhar para trás o alívio que dá ao ver que é outra mulher.

    É algo simples que eu nunca havia parado para pensar. Saía para trabalhar a pé de madrugada e tinha medo de motociclista.
    Já viajei dezenas de vezes sozinho e sempre ouço de mulheres que elas gostariam de fazer isso, mas entrar sozinha num hotel ou restaurante a passeio não é a mesma coisa. =/

Ainda Sem Nome © 2015