Histórica edição 80 do Ainda Sem Nome no ar.
Nela, falamos sobre dois fatos que nos chamaram a atenção durante a semana: o machismo durante o lançamento da camisa do Atlético Mineiro e a repercussão à Carta Aberta ao Brasil, escrita por Mark Manson.
Antes de entrarmos nesses assuntos, momento de formalidades e anúncios no Ainda Sem Nome. Primeiro, os agradecimentos ao Camponez e Everaldo Vilela, que comentaram a edição passada. Além disso, a partir de hoje, estamos publicando os episódios também no YouTube, em nosso canal. Se você não é assinante, deveria ser o quanto antes. Finalmente, estamos também no Stitcher, caso você seja um usuário do serviço. 🙂
Aos assuntos. Algumas torcedoras atleticanas escreveram uma nota de repúdio ao clube por conta do machismo durante o lançamento da nova camisa. Mulheres de bíquini e/ou utilizando somente a camisa desfilaram no evento. A Dryworld, nova fornecedora de material esportivo, também entrou na linha de fogo por conta da mensagem “Entregue para sua esposa” escrita nas instruções de lavagem da camisa. Como interpretação e contexto não costumam ser o forte das pessoas, a nota de repúdio deu pano pra manga.
https://twitter.com/anacrisgontijo/status/699646592211615745/photo/1
http://esportefinal.lance.com.br/futebol-atletico-machismo/
https://www.facebook.com/DRYWORLD/posts/795684683869699
Em seguida, falamos da Carta Aberta ao Brasil, escrita pelo Mark Manson e a repercussão da carta. Tem as pessoas que gostaram e resolveram propagar a mensagem de forma arrogante. Tem também as pessoas que não gostaram e resolveram escrever respostas. No meio do caminho, os que falaram para nós, brasileiros, pararmos de dar moral para qualquer gringo. E, finalmente, alguém que resolveu fazer a leitura da carta do coreano anônimo, aquela que realmente importa e onde nada acontece, feijoada.
https://medium.com/@lucaatalla/uma-carta-aberta-a-mark-manson-162b374e6c29#.z914ijt8n
https://www.youtube.com/watch?v=T6K4OTUkYjk – Bel Pesce.
https://www.facebook.com/ianblack78/videos/vb.100010403144935/193280961028674/?type=2&theater – A leitura do Ian Black.
http://www.vice.com/pt_br/read/vocs-deveriam-parar-de-dar-moral-para-textao-de-gringo-sobre-o-brasil
(este texto da Vice não é um tanto quanto ad hominem?)
Não deu tempo de falar sobre o caso Quitandinha. Gostaríamos também da opinião de vocês sobre o assunto.
http://www.brasilpost.com.br/2016/02/05/assedio-no-quitandinha-ba_n_9170996.html
http://www.brasilpost.com.br/2016/02/16/quitandinha-resposta_n_9244034.html
Participe conosco! Deixe seu comentário, opinião e sugestão de pauta aí embaixo. Ah, e compartilhe o podcast. Até a próxima semana.
Você torce para o Estrela de Bucareste, Caio? https://pt.wikipedia.org/wiki/Fotbal_Club_Steaua_Bucure%C8%99ti
Na verdade o meu time do coração é o Dinamo de Kiev, Lucas. Mas o estrela tem lugar especial.
– Não usar Ad Hominem é algo muitoi complicado para as pessoas. Porque contra argumentar se pode simplesmente desqualificar o mensageiro? Até porque, se você concordar com qq coisa que o cara falar, você parece estar validando tudo que ele fala. Em geral, todo mundo concorda com pelo menos um ponto com todas as outras pessoas.
Pessoalmente eu acho que o uso excessivo do ad hominem é um dos motivos do desgaste do debate político em nosso país. Mas enfim.
Sobre a quitandia, eu gostaria de deixar um pensamento/pergunta:
Como concordar/defender/criticar algo sem parecer estar dando força a um movimento (no caso Feminismo) do qual eu discordo?
Confesso que poderia ter passado meu dia sem ter lido este comentário. Mas tudo bem. Você tem todo o direito de estar errado.
Do ponto de vista de comunicação: e quando o concorrente se aproveita do vacilo do outro e pode dar um tiro no pé?
A Penalty foi para o facebook e provocou sobre a etiqueta ( https://www.facebook.com/PenaltyBR/photos/a.183469185038110.59016.178140562237639/1089993974385622/ ). O problema é que nos comentários já surgiu crítica a uma campanha da Pênalti sobre uma camisa dupla face ( https://www.youtube.com/watch?v=MaZ0dDDzky0 )
arriscado?
Everaldo, excelente ponderação! Aguarde um follow up com este tema em nosso próximo episódio!
Escutando agora. Esse texto do Fred Melo Paiva sobre o grito “bicha” na hora do tiro de meta é muito bom.
” Você que grita “bicha” no tiro de meta: sua atitude envergonha a história do Atlético, um clube que abraçou negros e mulheres desde a sua fundação, quando negros e mulheres também eram vítimas do preconceito de uma elite branca e machista.
Brancos, negros, ricos e pobres que estiveram no Horto apoiando o time durante os 105 minutos – perdão pela minha revolta. É que eu fui criado no velho Mineirão, e dói demais ver que aquilo, como a Itabira do Drummond, é apenas uma fotografia na parede.”
É um grave problema de educação e formação que tem consequências dramáticas para a nossa sociedade. Cara, uma pena que isso esteja tão impregnado no nosso comportamento social que muita gente nem enxerga a grosseria e a violência nesses atos.
Marketing do Galo precisa escutar a torcida e aprender com este caso para não dar este tipo de vacilo. Tem feito ações excelentes – último exemplo foi levar os moradores de rua pra ver o jogo no independência (foi mt bacana). No mais, tudo que acontece no Galo repercute imensamente nas redes sociais. Marcas precisam aprender a usar este poder de comunicação com responsabilidade.
Além disso eu recomendaria uma mordaça para o ex-residente do time.