21 episódios! Quem diria… 🙂
Antes de mais nada, vamos agradecer aos comentadores da edição número 20: Everaldo Vilela, Luiz Otávio, Berenis. Valeu!
Bem, este é um episódio especial. Embora tenhamos anunciado que conversaríamos sobre ROI em mídias sociais, um fato importante nos fez adiar esta pauta. Agradecemos ao Humberto Massa e Raff Catalan que indicaram pautas muito legais e vamos tratar destas pautas na semana que vem.
Nesta semana, comentamos este post sobre o Prêmio Minas de Comunicação http://www.boltbrasil.com.br/ultimas/premio-minas-de-comunicacao-2011-frustracao/ que o Alexandre Estanislau escreveu. Para tanto, chamamos ninguém menos que o próprio Alexandre para falar sobre o assunto.
Para completar nosso painel, o Herbert Rafael também foi chamado.
Enfim… Este é um episódio mais do que especial do seu podcast predileto sobre comunicação online.
Ouça e comente. Acho que valeu a pena darmos uma breve adiada na pauta sobre ROI. Mas gostaria de ouvir isso de vocês. O que acharam?
A trilha sonora veio daqui: http://www.danosongs.com/
O som dos tambores, daqui: http://www.findsounds.com
Ah, em tempo: em função da importância do tema, este foi um episódio um pouco mais longo do que o corriqueiro… Gostaria de seus inputs sobre isso também. Sem mais delongas, vamos ao áudio!
Pessoal, me desculpem mas o comentário aos 47:30 minutos, foi realmente pra descordar ou polemizar. Sou designer da Bolt, teve 3 peças indicadas na premiação em questão onde trabalhei o design. Minha formação é em Publicidade e pós em Marketing, trabalho com design pra internet há 5 anos. Na minha opinião existe no nosso mercado uma disputa invisível entre publicitários e designers que não existe em mercados maduros como na Inglaterra, simplesmente estamos falando de disciplinas diferentes, que neste caso se completam e têm um objetivo em comum: Comunicação. A Crispin Porter já entendeu isso muito bem e fez trabalhos sensacionais, sejam online, offline ou integrados, porque comunicação é comunicação desde os desenhos rupestres. A grande diferença é que agora ela é feita em rede e isto nunca foi tão forte na história. Generalizar profissionais desta forma é um erro muito grande e antes de rotular é preciso lembrar que fazemos estratégias de comunicação.
O exemplo de que disciplinas novas e antigas se interconectam, apenas se adequando ao momento, são os vários processos de UX Design de hoje que se apropriaram de inúmeros estudos “antigos”: Benchmark, personas, consumer journey, observação etnográfica etc, etc, etc, vários deles são do dito papa do marketing Philip Kotler, que quase não é citado na nossa área, simplesmente porque nosso mercado separa os profissionais entre os “caras do digital” e “os caras do papel”.
Olá Filipe,
quando o Caio começa uma frase com “essa é para as pessoas discordarem nos comments do blog” é nossa obrigação atender. 🙂
Claro que toda generalização tende a estar errada. Mas vejo essa fala do Caio como uma constatação da dificuldade das agências de publicidade em incorporar o digital. A metodologia, o modo de faturar, a complexidade de integração dos suportes…, tudo é bem diferente. Quando ele diz “medo”, está falando dessa dificuldade.
Se você leva essa análise para dentro das agencias digitais, muda um pouco a configuração. Aí você tem razão.
ps: pra você saber, o Caio e eu somos formados em publicidade.
Abs,
Herbert
Prezados SEM NOMEs,
Concordo com quase todos os pontos debatidos nessa edição do podcast e com as conclusões tiradas desse debates.
Mas, acho que boa parte da nossa frustração acontece porque nós estamos esperando que os outros façam o nosso trabalho. Dados do ano passado apontam que o investimento em publicidade digital representa apenas 10% do investimento em publicidade no Brasil (IAB Brasil). E é essa a importância que a publicidade digital vai receber de um prêmio como o Minas Comunicação ou de uma instituição como a Fenapro ou o Sinapro.
Acho que vocês já chegaram à conclusão de que, para garantir uma coerência em um prêmio de publicidade digital, nós teremos de agir. Acredito que esse seja o caminho. Mas, a primeira frustração do Alexandre aconteceu em 2003. Por que não fizemos nada de lá pra cá? Será que vamos nos movimentar depois dessa?
Em minha opinião, um prêmio de comunicação digital deveria avaliar as peças por categorias, de forma descontextualizada mesmo. Muitas outras coisas influenciam no “resultado” obtido por uma peça. (O investimento em mídias de divulgação, por exemplo.) O “resultado” então não determina qual é a melhor peça. Para analisar os resultados obtidos, a categoria “campanhas” se encarregaria de enxergar as diferentes peças como cases, de forma contextual: Cenário > Problema > Solução > Resultado.
Em relação ao modelo de trabalho de agências online e offline, penso que seria mais coerente se as agências digitais atuassem como produtoras. Trabalho com planejamento em uma agência digital que NÃO se posiciona como produtora. Acredito que profissionais como eu perderiam muito espaço em agências digitais caso esse movimento de “produtoras” realmente acontecesse. Mas, para o cliente, não faz sentido ter uma agência dedicada para cada canal de comunicação. Seria a mesma coisa de ter uma agência de TV, uma de Rádio, Uma de Mídia Outdoor, etc.
Seria mais eficiente se as agências de publicidade tivessem uma equipe enxuta de pessoas que realmente entendam o meio digital para participar de todo o processo de desenvolvimento das campanhas. Desde a concepção da ideia até à escolha e gestão dos meios de divulgação. Esses profissionais acompanhariam então a produção das peças digitais assim como as agências acompanham hoje a produção dos spots, dos VTs e das peças gráficas.
Não estou, de maneira nenhuma, diminuindo a importância da comunicação digital e de sermos estratégicos na criação das campanhas digitais. Pelo contrário: estou dizendo que isso está acontecendo no momento errado do processo. Se estivesse acontecendo no mesmo momento de concepção de toda a campanha, a comunicação digital teria muito mais força.
Vlw,
Getúlio Suarez
Olá, pessoal! Ótimo podcast. Algumas considerações:
– O Alexandre citou um comentário meu no blog da Bolt (quando comparei o julgamento de um outdoor com um anúncio para revista ao que foi feito no digital no Prêmio Minas) mas não é João Marcos, é João Marcelo 🙂
– Na atual conjuntura, não sou a favor de criar uma premiação própria para o digital. Ainda temos um longo caminho a percorrer para tornar o mercado maduro o suficiente, a ponto de ter um volume interessante de projetos e aí sim criar um prêmio de peso (comentei isso no grupo de e-mails feito pelo Alexandre).
– Estou há quase 3 anos trabalhando em agências que possuem núcleos digitais (antes na Solution, hoje na Lápis Raro) e, em se tratando de projetos integrados, posso afirmar que os melhores jobs que participei foram feitos com off e on atuando juntos do início ao fim. Inclusive, o Grand Prix de campanha integrada do Prêmio Minas foi assim:
Posso afirmar, também, que não é fácil. Existe, sim, um medo do desconhecido, uma resistência enorme por parte de muitos profissionais tão acostumados com as velhas fórmulas título + arte, com as gordas remunerações de mídia etc. É o peso de toda grande mudança. Está engatinhando, mas vejo com bons olhos agências com núcleos digitais – desde que trabalhando de forma integrada.
Abraços